5 dicas para viajar a pé e sozinho pela Estrada Real

Saiba como fazer um trekking com segurança por algumas das melhores cidades históricas de Minas.

Caminhada pelo município de Capivari - créditos da foto: Paulo Henrique de Oliveira

Caminhada pelo município de Capivari – créditos da foto: Paulo Henrique de Oliveira

Por volta do século XVII a coroa portuguesa precisava encontrar uma maneira prática para levar o ouro e os diamantes de Minas para o Rio de Janeiro. Uma missão que, como você pode ter ideia, não era nada fácil. Pra falar a verdade, nem fácil e nem impossível, afinal, foi graças à essa ideia que surgiu a Estrada Real, um dos maiores roteiros turísticos do Brasil. Um roteiro responsável por levar centenas de milhares de turistas anualmente a percorrer os mais de 1600 quilômetros que separam a histórica Diamantina das cidades de Paraty e Porto Estrela.

E, dentre os meios mais escolhidos pelos viajantes para percorrer todo esse caminho, está aquele que é o mais simples de todos: a pé. Isso mesmo! Anualmente uma porção de turistas escolhe atravessar andando todas as montanhas e serras dessa famosa Estrada. Uma aventura que, obviamente, requer muitos cuidados e atenções para quem deseja enfrentar essa proeza. Principalmente para quem deseja encarar tudo isso sozinho.

Portanto, se esse for o seu caso, se prepare, porque separamos algumas boas dicas por aqui para você. Confira!

Confira com atenção a distância e a elevação do terreno de cada trecho

Uma boa parte dos caminhos do Diamante, Sabarabuçu, novo e velho, são compostos por aclives e declives que, muitas das vezes, exigem uma boa preparação do viajante. Por isso, além de ficar de olho na distância entre as cidades, é importante também saber qual a altimetria de cada região para não calcular errado o tempo entre um ponto e outro.

Informações essas que podem ser facilmente encontradas na parte de roteiros do site do Instituto Estrada Real.

Faça chekins com aplicativos

Se você está caminhando sozinho pela Estrada Real, não deixe de usar a tecnologia à favor da sua segurança: faça chekins nas cidades, fale com os familiares e amigos de tempos em tempos e, sempre que possível, tire fotos e publique nas redes sociais.

Mais do que memórias da viagem, as fotos, nesse caso, servem também para criar um registro de onde você passou e como estava naquele momento.

Não economize no equipamento

Sabarabuçu, o trecho mais curto da Estrada Real, tem 160 quilômetros de extensão. Distância suficiente para exigir de 10 a 11 dias para ser percorrida a pé. Um tempo bastante longo, não é mesmo? Então, se você vai ficar tantos dias assim na estrada, é bom poder confiar em equipamentos de qualidade, certo? Portanto, para isso, nada de economizar na hora de comprar mochilas, sacos de dormir e barracas.

Pensando nisso, nada de estranhar os 800 a 1000 reais – no mínimo – que você irá precisar desembolsar para comprar uma mochila cargueira de qualidade (como as da marca alemã Deuter). Tudo em prol de uma melhor viagem.

O que não pode faltar em sua mochila de trekking

Andarilho observando o horizonte em uma floresta

A natureza selvagem

Não é porque você já acampou uma ou outra vez na vida que isso irá te dar experiência para essa aventura. Afinal, a bagagem de quem faz um trekking de vários dias é bastante diferente daquela de quem se aventura por um dia ou outro na mata.

Por isso, eis aqui um pequeno checklist que pode te ajudar a montar a sua mochila:

  • Bota de caminhada (de preferência usadas)
  • Mochila cargueira
  • Capa de Chuva
  • Isolante Térmico
  • Saco de dormir
  • Barraca
  • Cantil ou Garrafas Pet
  • Lanterna
  • Canivete
  • Repelente
  • Protetor solar
  • Kit de higiene pessoal
  • Sacos de lixo para colocar: lixos, roupas secas, roupas sujas.

Não evite usar o ônibus se for preciso pela Estrada Real

Vale lembrar que, mesmo caminhando por cidades pequenas e pacatas, nem todas são exatamente seguras hoje em dia – principalmente aquelas onde as mineradoras já tomaram conta. Por isso, evite trafegar sozinho (a) por muito tempo em regiões onde já existem registros de criminalidade – como Tapera, Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Barbacena, Porto Estrela e Sabará.

Para atravessar essas regiões, a dica é: ande acompanhado ou opte por ir de ônibus. Acredite: esses pequenos quilômetros não irão te fazer falta perto de todos os outros que você andou.

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